quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Guerra na selva

Onde estaria você agora
além dos poemas que já escrevi?
Já pensou em mim em algum momento?
Eu nem lhe conheço ainda,
espero você por uma eternidade.
Me consolo nos versos
e sempre que posso num corpo quente
entre os lençóis da minha cama,
lugar em que sufoco o meu choro
e mato a minha fome,
porque a fera não se apega
e o rugido ecoa no vazio.
Cada dia é apenas mais um,
de brigas, vitórias e incógnitas,
de beijos confusos, violentos,
sentimentos que podem não vir a acontecer.
Meu medo é a maior de todas as armas.
Despir é um sacrifício!
Uma tela em branco desafia minha alma
e a espera vai matando a minha calma.
Não me jogue pedras,
o coração já é a própria rocha
e o conflito, ahhh esse é infinito!

Jenny Faulstich
(29/08/2012)