quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Ainda preciso...

Preciso dormir,
preciso escrever,
preciso ouvir,
preciso dizer,
preciso, preciso,
aliviar a distância que me pesa
de tudo que não posso intervir,
confortar minha dor e cansaço
embora não faça diferença a ninguém,
tudo está dentro de mim, tudo!
Uma eternidade de lembranças,
um grande caminho para seguir
e ainda preciso escrever, preciso dormir,
preciso ouvir, preciso dizer
que preciso cair para poder redimir
das lágrimas causadas, derramadas,
lágrimas que ainda insistem em me ferir.
Quero escapar, mas ainda preciso estar
para poder ir para longe daqui.

Jenny Faulstich
(27/10/2008)

terça-feira, 28 de outubro de 2008

Não me toque!

Não me toque!
Assim eu me irrito!

Já estou irritada,
mas preciso de um motivo!

Não me toque!

Me abrace, me beije,
faça com que eu sinta o infinito,
adormeça em meus braços
e sonhe acordado comigo.

Me abrace, me beije,
faça com que eu sinta o infinito
me envolva e me acalme,
como o alívio depois de um grito.

Jenny Faulstich
(27/10/2008)

Minha nova era, poética!

Eu... Poética...
como a sombra que dispersa
para uma nova era do meu ser...
Um nova era para viver intensamente.
Tristeza?! Missão suspensa!
Coração?! Guia minha mente!

Nova flor que desabrochou na dor
para sentir a beleza eterna do amor.

Seguirei a lua
até tocá-la com meu olhar.
Boa viagem, até que eu chegue lá,
e descubra que lá, já estive,
cheia, minguante, crescente,
errante, distante,
amante,
nova!

Jenny Faulstich
(15/10/2008)

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Sem direção

Sem direção,
para qualquer lugar
onde a vida me levar...
Algo que me falta
preciso encontrar,
preciso me encontrar...
Procuro em desespero
e enquanto não,
não há sossego,
não há conselho
que eu adote sem penar.
Sem direção,
para qualquer lugar
um dia irei me encontrar,
desaparecer do meu mundo,
para enfim, poder amar...

Jenny Faulstich
(10/2008)

sábado, 11 de outubro de 2008

Meu ideal de Vida-Arte

Quero todas as expressões,
quero o momento que antecede,
quero o clímax,
quero o desfecho...
com um final feliz.

Quero lhe ver, me ver,
sentir, aqui, lá, através...
Olhar além do que se exibe
e tocar o que não está ao alcance.

E mesmo sob os pontos de vista
que a cada um pertence
cometer a insanidade de compreender
o que o outro quer
- não importa de que forma - dizer...

Saciedade do poder viver,
buscar além imagem e descrever
perceber, comunicar, transcender...
Que assim seja, meu bem querer...

Jenny Faulstich
(11/10/2008)

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Ainda há...

Basta que eu desista
e basta um breve fato
pra se fazer lembrar que há...
há um espaço,
há sentimento,
há o pensar,
há o pulsar nas veias do tempo...

Nada é por acaso
e devo a um breve e tão simples fato,
meu retorno a vida que havia deixado...
Achei ter deixado...
Ainda estou vi-va!
Ainda tenho uma história para compor
e para toda vez que eu achar ter terminado,
pra recomeçar...
um novo fato!

Assim sendo...
Enquanto houver o pulsar nas veias do tempo,
não hão de calar meus sentimentos!

Jenny Faulstich
(10/10/2008)

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Bung Jump

Não adianta negar...
A única emoção que tenho sentido
é a de querer me atirar num abismo
com uma corda amarrada aos pés
na esperança que eu volte desse meu vazio...

Jenny Faulstich
(22/09/2008)

Trova Nua

Se vier do coração
com o coração será vista.
Assim terá encanto e razão
qualquer verdade nua, despida.

Jenny Faulstich
(04/09/2007)

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Haikai - Ensaio I

Sentir outono
em todas estações
por toda vida.

Jenny Faulstich
(19/09/2007)

Haikai - Ensaio II

Aprender viver
ouvir sabiá cantar
aprender amar.

Jenny Faulstich
(20/09/2007)

Haikai - Ensaio III

Dia compartilha
torna a natureza
uma noite linda.

Jenny Faulstich
(20/09/2007)

Haikai - Ensaio IV

Haicai amigo
segredo do universo
ensina viver.


Jenny Faulstich
(20/09/2007)

Haikai - Ensaio V

Música viva
um coração aberto
desperta feliz.

Jenny Faulstich
(20/09/2007)

Insônia

Insônia na noite.
Ficção no dia.

Mais um dia irreal.
Mais um dia jogado fora
em plena consciência.

Aversão ao contato
me tira do horário
me tira o calendário
e só me resta
a insônia.

Jenny Faulstich
(09/01/2008)