quarta-feira, 29 de maio de 2013

Inibição cognitiva

Me falta inteligência, memória, equilíbrio e amor próprio!
Não posso mudar de idéia, a retardada tem que manter a opinião!
Não vou competir com troços que não tenho como impedir!
Não sei o que faço, o que penso, o que sinto, o que eu quero!
Tenho que aceitar as desculpas e fingir que não me influencia!
Posso estar certa, mas a culpa ainda assim, é minha!

Jenny Faulstich
(28/05/2013)

terça-feira, 28 de maio de 2013

Chove em meus sonhos

Meu amor não chore,
porque hoje sei o que é o amor.
Tanto tempo equivocado
e hoje vendo o quanto na alma chove
tantos atos sem sentido,
que nunca ter admitido
só aumentou sem querer a minha crueldade.
Então não chore meu amor,
você não merece tanta dor,
a chuva um dia vai cessar
e só lhe farei feliz pela eternidade.

Jenny Faulstich
(28/05/2013)

Nunca será

O ventilador gira devagar
faz frio lá fora,
mas o ar,
pouco circula aqui dentro,
o ânimo também,
às vezes vem
e logo logo se vai.

A música toca repetida
eu digo que me faz chorar
mas não é a música
que faz deslizar as lágrimas,
e seja lá o que for,
nunca será compreendido,
e nunca estará superado.

Jenny Faulstich
(27/05/2013)

sexta-feira, 24 de maio de 2013

Ando nas nuvens

Ando nas nuvens...
de tempestades prontas para descarregar ao chão
e ora estou acima e ora estou no meio delas
somando toda essa energia que quase explode no meu coração
e tudo que eu queria era um pouco de compaixão,
respeito, carinho, consideração e quem sabe amor.

Jenny Faulstich
(23/05/2013)

quarta-feira, 22 de maio de 2013

Trégua

E se hoje estou poética,
é porque consigo deixar por instantes
que minha sensibilidade supere
todo o mal que paralisa a minha vida.

Jenny Faulstich
(16/05/2013)

Chagas da existência (verdade ou mentira?)

Gosto de quando você sorri para mim,
me pede um beijo só com o olhar,
me abraça e me puxa para perto,
mas basta uma palavra para me afastar,
me fazer lembrar de uma tempestade devastadora
de desejos infames para todas, todas as outras.
É sobre mim que o olho do furacão estoura.
Uma linha tênue separa toda minha angústia do meu amor
e eu sigo esvaecida, traumatizada e repleta
das mais temíveis dúvidas e chagas da existência,
até qual parte seria verdade
e quanto do meu coração se perderia
na perversão de toda sua mentira?

Jenny Faulstich
(16/05/2013)

Segredo "nosso"

Tento achar explicações, motivos, sentido!
"Segredo! Não vai pensar mal de mim!",
receita de um bolo para fazer uma pessoa infeliz
e o segredo estava em usar tudo e todas
num objetivo sujo e pervertido!
Eu nunca saberia e viveria uma mentira,
até quando?
Não sei se conseguirei um dia
acreditar que a mentira teve um fim.
Tantas fachadas, tantos fetiches:
"confio em você, me sinto bem por falar contigo",
tantos "ois", tantos "contigos",
tantas tantas desgraçadas mentiras,
a mentira vinha até em meu nome,
que eu nunca também saberei,
nunca lhe conhecerei
e se fico a consultar
é para não esquecer do que de você
posso esperar!
É divergente demais
o discurso de cada tela:
"morre aqui, tédio mor, me falta a pele a pele",
"nunca mais mentiria para você",
e quanto mais descubro dos indevidos feitos
menos lhe entendo, menos lhe conheço!

Jenny Faulstich
(17/05/2013)

quarta-feira, 1 de maio de 2013

Esperança incoerente

Entrego minhas forças
e me sinto tão carente.
É tristeza que não acaba
e essa esperança incoerente
que me faz ter saudade da gente,
de quando eu achava ser só a gente.
Durmo sem saber de mais nada,
contando lágrimas
e abraçando a cada noite
uma ruína diferente.

Jenny Faulstich
(30/04/2013)

Carinho enganado

Meu amor caiu por terra,
a desilusão chegou e se instalou,
vi tudo o que passou
e descobri que nada foi sincero.
A persistência que me conquistou
foi a mesma que me enganou
e todo o carinho que eu achava ser meu,
sem saber, eu dividia com um mundo inteiro
escondido de tudo.

Jenny Faulstich
(30/04/2013)

Entediante

De todos os sentimentos que eu poderia causar
os maiores deles são o tédio e a insatisfação.
Achava eu ser tão boa, tão merecedora,
e hoje sei que não tenho sequer força,
de vontade, de sorrir, de viver.
A ilusão tem essa terrível mania
de fazer a gente acreditar em qualquer coisa,
até de que somos capazes do impossível.

Jenny Faulstich
(30/04/2013)