Sempre insuficiente, exagerada, desajustada,
nem o chá que tomo agora está quente.
Isso não deveria mais me abater,
mas a cada vez que alguém me escracha
em algum momento a deprê me amassa.
Seguro a onda enquanto posso
até que um nó que aparenta simplório
encosta num fio onde não deveria haver
só esperando a hora de prorromper.
Isso também não deveria me abater,
mas sempre nessa ordem que acontece,
resisto, reflito, não minto, confio,
acolho, ouço, agrego e me recolho
a minha insignificância permanente
já que aqui é somente eu, nunca a gente.
Jenny Faulstich
(Resende, 25/02/2023)