sexta-feira, 24 de fevereiro de 2023

Sempre assim

Sempre assim, nunca afim,
quando eu acho que está tudo bem,
quando penso que o ritmo é assim
sinto fluindo a dança do salão 
até que tropeço em egos, dúvidas, ecos
de um passado desusual e convexo
de traumas e ansiedades intratadas
de um controle inexistencial.
A melodia pausada é brutal,
vozes e passos descompensados
não sabem mais o que é real
já que certos receios disciplinam desejos
como se fossem algo racional
a se pesar em balanças desajustadas 
de virtudes, vantagens, feitos e defeitos.

Jenny Faulstich 
(Resende, 24/02/2023)

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