sábado, 24 de novembro de 2012

Quando a poesia fica triste

Quando a poesia fica triste
é uma dor que percorre,
uma lágrima que grita,
uma luz que dorme
e um sonho ruim que acorda.
É um amor abortado precoce,
uma injúria que fere,
um sorriso desforme,
é a lembrança que brota
do que gostaria apenas de esquecer.
E essa lembrança vem tão mais forte,
quem dera que sequer existisse,
mas já é tarde
e a poesia fica triste.

Jenny Faulstich
(23/11/2012)

Dias a menos

Seria trágico se não fosse cômico
o juízo que um dia fizeram de mim.
Sou rancorosa feito uma fruta madura,
despenco e morro para um dia mais feliz.
Como posso não demonstrar sentimento,
se até Clarice já disse como se emoldurar.
Longe de mim a perfeição, prefiro ser justa.
Egoísmo maldito esse que me vigia,
se me deixa triste um dia que seja,
é menos um dia da minha vida
em que eu poderia estar feliz.
E que se dane, seja como for,
por alguns momentos desejo que algumas pessoas sumam,
não ligo para o que elas pensam e dizem,
me importo só com o que realmente eu sou!
Ah! E um grande viva para o "sono dos boêmios livres de culpas"!

Jenny Faulstich
(23/11/2012)

Síndrome de Amante

Esqueça!
Se você quiser que eu lhe comprometa.
Desista!
Se você quiser que eu lhe encha de problema.
Eu não sou assim.
Eu vou somente lhe amar
do meu jeito, em qualquer lugar,
sem ter você perto de mim
e por isso, ser feliz.

Jenny Faulstich
(23/11/2012)

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Desespero devaneio

Desespero,
um aperto no peito
olhar em volta e perguntar o que eu tenho,
quem eu sou e quem está comigo.
Tudo tem o seu tempo,
e o meu, perco com incertezas.
Tanto luto e reluto e nada me faz entender certas coisas
tão toscas, tão bobas, tão minhas, tão eu!
O choro de uma noite inteira
é recolhido pela nova manhã
e que esta me faça mais serena
sem tentar explicar,
sem necessitar entender.
Que eu consiga ser para você,
a coragem que pretendia ter
ao começar a me conhecer.

Jenny Faulstich
(07/11/2012)

Desestrutura

Pensar depender de alguém me apavora!
Depender do amor de alguém então,
me sacode, me desestrutura,
quando deveria apenas me fazer sentir mais segura.
Vai entender, eu e minha paranóia não tão absurda.

Jenny Faulstich
(07/12/2012)

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Bom?

Ilusão às vezes é bom,
não parar para olhar o espelho é bom,
não parar para realmente olhar o espelho é muito bom!
Fugir do padrão com perfeição é um dom,
esquecer que existe padrão é um dom,
esquecer que existe padrão e não ter um espelho é muito, muito, bom!

Jenny Faulstich
(07/11/2012)