terça-feira, 20 de outubro de 2009

Quando quero um descanso...

Rasgando o coração,
como quem rasga uma carta que nunca chegou...
Sigo amarga, medrosa,
repleta de um carinho que sofre...
A cada melhora
uma nova desgraça me aguarda...
No meio da noite me decomponho
e amanheço num sorriso
como se fosse uma obrigação...
E eu queria apenas um descanso,
minha aventura mais perturbadora.

Jenny Faulstich
(20/10/2009)

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Amor fantasma

Amor fantasma,
arrastando corrente pela sala...
de espera...
uma saudade, eternidade,
que agoniza e pesa,
avança o tempo,
mais perde quando mais tenta
e se perde permanente
arrastando corrente...

Jenny Faulstich
(16/09/2009)

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Santinho

Agora eu vi
seu lado malvado,
meia palavra
um recado,
um abraço enviado
um beijo ganhado.

Jenny Faulstich
(26/08/2009)

Sem nexo

Minha viagem
imagem
de tudo e de todos
saudade
me invade o abandono
de causas e adornos
o bando segue solto
por várias estradas
desconhecidas de um sonho
sem nexo, convexo
não me deixa acordar
me puxe pela mão
para outro lugar
outra imagem, saudade,
aqui posso ficar...

Jenny Faulstich
(31/08/2009)

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Zelador

Redescobrindo as estrelas
enquanto um felino me observa,
caminha ao meu redor,
aguarda até eu me deitar,
me cheira, ronrona.
desvia meu olhar,
faz como quem lê o que eu escrevo,
faz como se entendesse
o que há em meus pensamentos
tão tristes,
mas não tão sozinhos
enquanto esse felino
meu sono zelar.

Jenny Faulstich
(26/08/2009)

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Verdade e consequência

Seu abraço,
seu cabelo,
sua cor,
sua voz,
sua boca,
seu jeito de olhar,
suas palavras escolhidas,
seu nervosismo tranquilo,
sua energia tão boa,
sua forma de pensar,
não tive escolha
pouco a pouco, me encantar,
saí do meu mundo por um tempo,
e estou temendo voltar,
me conheço, não tem jeito,
converto o frio, o arrepio
de não mais te encontrar
pelo prazer da lembrança
de quando pude contigo estar.

Jenny Faulstich
(20/08/2009)
* Para Fabrício Borges

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Bazar

Vendo meus sonhos,
dôo meus pesadelos,
empresto minhas asas,
deixo meu sorriso,
passo o que eu sinto
porque não sou capaz
de guardar para mim.
Na falta de interessados
pode levar o que desejar,
meus olhos, minha boca,
minhas palavras tristes,
meu suicídio coletivo,
meus momentos de loucura,
meus instantes de poesia,
minhas breves lembranças,
meu instinto de parasita,
seja lá o que pareça ser
e não é.
Vida, luz, coragem,
fraqueza, solidão,
minha imagem,
minha busca na arte,
tato, audição, paladar,
minha essência empoeirada
na vitrine de um bazar.

Jenny Faulstich
(17/07/2009)

Um dia de cada vez

Será que ninguém entende...
que se eu passar um tempo comigo mesma
não vai mudar em nada minha imagem.
Um conselho desse pra mim
não se passa de uma tentativa até que inteligente
de dizer que seria bom que eu sumisse e
parasse assim de perturbar a paz alheia.
Mas só o que quero é viver um dia de cada vez.
Seria muito? Ou pouco talvez...
Só tenho feito trabalhar, trabalhar, trabalhar.
Mesmo que entre festa ou outra...
trabalhar, trabalhar, trabalhar...
Não quero enganar ninguém,
extrema, realista, vestindo carapuças,
entre lágrimas e sorrisos,
apenas um dia de cada vez.

Jenny Faulstich
(24/07/2009)

terça-feira, 21 de julho de 2009

Leio versos de amor

Leio versos de amor
como se fossem para mim.
Dedicados a uma paixão,
tão imensa e tão longe de mim.
Por um curto tempo
fujo da minha verdade
e faço minha
aquela tão boa saudade.
Leio versos de amor,
mas só me encontro
nos de amizade.

Jenny Faulstich
(21/07/2009)

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Sentir e chorar

Sentir e chorar,
no final do dia
me encarcerar nas palavras escritas,
nelas desabar,
despejar sem cessar,
dores, tristezas, horrores.
E quantos horrores
a me assombrar
sempre que me lembram
e que me comprovam
que não vale a pena
ser o que sou
e isso nada vai mudar.

Sentir e chorar,
iniciar mais um dia
sabendo como vão me olhar,
sabendo que nada vai mudar
esse bicho do mato
que insiste estar.
Sentir e chorar,
nada a mais,
nada a menos,
só, em meus braços
um abraço só meu,
e isso nada vai mudar.

Jenny Faulstich
(17/07/2009)

Não repare

Não repares se sumirei por uns tempos.
Não repares se deixarei de ser acontecimento.
Não repares minha intuição,
porque conheço meus sentimentos.
Te deixarei só com teus pensamentos,
para estar em qualquer lugar,
como costume já há,
e caso algum momento venha a notar,
posso não estar
onde e como queiras estar.

Jenny Faulstich
(17/03/2008)

Nunca serei

Não tenho como competir
com nada nem ninguém.
Não importa como eu seja,
não importa o que eu sinta,
nunca serei alguém
capaz de ser para alguém.

Jenny Faulstich
(22/09/2008)

terça-feira, 23 de junho de 2009

Tropeço

Eu que tão inspirada estava
tropeço numa pérola que do amor escapa,
abandono o "retrato que me faço",
como diria Quintana, "traço a traço"
e volto a me pintar nuvem,
me pintar num estado só, sem laço.
A ilusão durou pouco,
de volta a realidade então,
espontânea e desigual me refaço.

Jenny Faulstich
(23/06/2009)

terça-feira, 16 de junho de 2009

Obra prima

Obra prima
esculpida no papel
um grito expelido
num momento fascínio.
Amanhã não será tão bom.
Reconhecimento talvez.
Atos julgados
refletidos outra vez
em ângulos distintos,
cores, flores, espinhos,
uma ferida na alma,
uma obra dedicada.

Jenny Faulstich
(26/05/2009)

Caneca de chocolate

A loucura cada vez mais
a caminhar ao lado da gente.
Uma voz,
uma ilusão,
uma caixa de papelão,
lixo que reciclo
ou não reciclo,
o que fazer com o desperdício?
É amor que sobra,
atenção que falta.
É solidão que sobra,
carinho que falta.
E quem aí quer,
uma caneca de chocolate quente?

Jenny Faulstich
(15/06/2009)

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Não estranhe essa saudade...

Não estranhe essa saudade
que provoca em mim...
Essa insistente vontade
que me inspira...
Melhor não tentar entender,
só deixar acontecer...
Relaxe e confie em mim!
Estranha saudade,
fatos, desejos e afins.

Jenny Faulstich
(10/06/2009)

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Recíproco

- Bom te ver sorrindo!
Bom também rir da tua cara.
Bom ver que você também
gosta de me ver sorrindo
e que também ri da minha cara.
Em tempo recorde,
entendemos nossas piadas,
e às vezes rimos sozinhos
sem ninguém entender nada.
E por algo muito mais além disso,
bom te ver... sorrindo!

Jenny Faulstich
(04/06/2009)
* Ao amigo Edinho Miranda, na ocasião de seu aniversário.
Desejo muitos sorrisos, meu querido amigo.

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Alquimia

Incerteza,
um gancho que arranca
do íntimo do ser
visceral feitiço,
amargoso fel,
onde haveria de ser mel.
Desritmia,
pulsa uma solidão escurecida,
desfavoreço,
maltrata lendária enlouquecida,
esquecida,
entre o fio de luz,
o pó, uma esperança longe,
uma alquimia.

Jenny Faulstich
(04/06/2009)

sexta-feira, 29 de maio de 2009

Eu nunca vou morrer...

Eu nunca vou morrer
no tempo, no espaço, no entardecer
de um sentimento traçado ao acaso,
não-acaso que desconheço,
mas quando me vejo só, adormeço,
tentativa de um breve conserto,
nem sempre consigo, então padeço,
martírio temporário para um novo começo,
porque eu nunca vou morrer,
nunca deixarei meus amados ao anoitecer,
renasço sempre para mais aprender.
Um dia partirei sem sofrer,
mas nunca, nunca vou morrer.

Jenny Faulstich
(28/05/2009)

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Cármico

Olhar cármico
para além do que há.
Natural e árido,
uma busca, amar.

Jenny Faulstich
(22/05/2009)

sábado, 25 de abril de 2009

Padeço

Meu corpo padece
enquanto mato passo a passo
meu pouco encanto.
Não vejo minha sombra
se omito minha luz,
seria justo?
Na busca incessante pelo equilíbrio
me desfaço de tudo que já sei,
num alarme falso de felicidade.
Preciso e quero a paz da poesia,
essa alegria que me grita,
o sentimento em cada momento,
amor-vida dia após dia.

Jenny Faulstich
(25/04/2009)

Meio do caminho

Não reclame dizendo que
não páro no meio do caminho.
No meio do caminho você está,
e não está a me esperar.

Jenny Faulstich
(24/04/2009)

quarta-feira, 25 de março de 2009

Desperdício

Não suporto mais!
Não adianta insistir,
no que é irreal,
no que não há!
No que é tão sólido
quanto o ar que eu respiro,
tão virtual e concreto
quanto esses versos.
Tão triste, tão só,
tão intimamente meu,
tão meu, tão 'eu'...
E ninguém vê,
mas todos sentem,
imaginam e mentem.

Jenny Faulstich
(24/03/2009)

Inexistindo...

Queda, isenção, culpa, condenação.
Momentos inexatos, auto incompreensão.
Erros, desejos, desabafos, acontecimentos.
Um segundo é tempo do desabamento.
Um anjo enviado no momento do despejo.
Estava eu inexistindo do mundo,
caindo por terra para um fim insuperável,
por instante, insuperável...
De uma expressão invisível e deformada
para uma luz neutralizando um padrão rebaixado.
Sensível vibração.
Ação e reação.
Inexisto num descuido,
interiorizo além juízo.
Tarda a defensoria,
sobra a dúvida diluída,
tão natural que me assusta.
Novas palavras, sentimentos velhos aflorados,
que me valha agora até que toda a poeira
seja do corpo e alma, retirada.

Jenny Faulstich
(25/03/2009)

Eu fujo...

Eu fujo, brigo, bato e me rebato
e por mais que eu me iluda de que escapo,
o espelho aponta e condena meu retrato,
não omite meus pensamentos e meus atos,
deparo-me com meus propósitos a passos largos,
mero luxo insônico, sonhos, enganos e espasmos,
tudo junto, ao mesmo tempo num curto espaço,
tudo e nada quando preciso apenas de um abraço.

Jenny Faulstich
(24/03/2009)

sábado, 28 de fevereiro de 2009

Princesa Encanto Desalento



O que és tu,
criatura morna de vento,
que destrói mero pensamento,
torna-te bondade em desalento.
Tens num beijo um sonho distante,
ata-te num tão banal mistério
de um olhar tão longe
quanto um deserto escaldante.
Sorriso externo tão terno
que até mesmo o Sol retribui.
Encanto de bruxa que triste danças,
escondes no beco antes que avistada,
desapareces na presença indiferente
e antes que te avances num tormento,
adormeces uma princesa encanto desalento.

Jenny Faulstich
(28/02/2009)

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Poesia (por duas faces)

Poesia,
fragmentos de sentimentos,
expressão física da dor e do amor.
São as lágrimas que os olhos do poeta não externam.
São as chagas do coração que se martiriza e sofre.
Veículo do poeta para retratar o mundo que o cerca.

O poeta não a cria para alguém ou para ninguém.
O poeta cria para tudo e para todos.
Todos os que amam,
todos os que odeiam,
os que são incapazes de amar
e os que são incapazes de odiar.
Para todos os que se alegram,
todos os que se entristecem
ou os que simplesmente fingem.
Para todos os que sofrem,
todos os que não sofrem
ou mesmo todos os que são ‘normais’ (normais?),
ou mesmo para aqueles que não sofrem tanto.

A poesia é o caminho,
é a expressão que torna possível
traduzir os sentimentos
de um homem e de uma mulher
na forma de imagem compreensível aos olhos
e por através da silhueta,
a imagem chega ao coração.
E basta um olhar,
pois lá, a poesia já está.

Edson Carvalho Miranda e Jenny Faulstich
(27/02/2009)

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Um toque em meus sentidos

Um conforto,
um carinho,
uma esperança.
O silêncio em meus braços
enquanto busco um caminho.
Emociono com minha tristeza
só por imaginar um toque em meus sentidos.
Só tenho agora a sensação da queda
da minha própria memória
tão vaga, tão longe de mim.
Infinitas emoções que quero ainda sentir.

Jenny Faulstich
(18/02/2009)

Apenas um par de olhos verdes...




Apenas um par de olhos verdes
que não tem nenhum outro olhar
em que possa doar e buscar
palavras inexatas para partilhar.


Jenny Faulstich
(18/02/2009)

Reset

Travou tudo!
Que feio!
Reset!
Jenifer,
prazer te conhecer!

Jenny Faulstich
(18/02/2009)

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Taquicardia

Desritmia,
alimenta fervosa
o meu pensar.
Desnorteada,
um frio na alma
que grita um amor...
e teme...
Aterrorizante,
sensação transcedental,
corpo, mente, irreal.
Ilusão,
de que alguém
vai enfim, me abraçar.
Instinto, espreito,
pavor, taquicardia
no desafio-arte do amor.

Jenny Faulstich
(11/02/2009)

sábado, 31 de janeiro de 2009

Mal comum (Inconscientemente)

Mania de repetir...
Mania de copiar o assunto e os erros...
Eu fico louco!
Mania de temer gostar...
Já mudei o assunto,
e no fim,
tudo é uma coisa só...
Sobra tanta falta...

Jenny Faulstich e Edinho Miranda
(27/01/2009)

Eu me apaixono...

Eu me apaixono todos os dias...
por uma nova esperança, um novo pensamento, um novo olhar...
Eu me apaixono todos os dias...
por não esperar, não pensar, não olhar...
Eu me apaixono...
Será?

Jenny Faulstich
(30/01/09)

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Lágrimas

Entre lágrimas que se desprendem,
melodias, melancolias...
Uma saudade sufoca meu coração,
vulnerável, emoção...
Sonho acordada com um carinho
que transbordaria de meu olhar
e sinto, recordo, ame talvez...
Enxugo as lágrimas mais uma vez.
Estranha sensação que invade meu pensar
até que já nem penso mais,
desisto, nem sinto...
Adormeço ao som de uma canção
que abranda por momento o meu coração.
Continuo sonhando, viajando,
lá do alto das nuvens,
teria então, asas (ou vassoura)...
Enfim, tão bom sonhar!
Você deveria tentar.
Sonhar junto comigo,
"ao meu querido" - segue o convite...
Mas fora do meu sonho o carinho emudece...
Somente o silêncio a reinar entre nós.
Nós!?
Entre lágrimas que se desprendem,
brincam sempre em meu rosto
sina, carma, desgosto...
E as enxugo mais uma vez.

Jenny Faulstich

Intenso Medo

O coração dispara,
O peito aperta,
A respiração acelera,
Intenso medo!

Olhar sem direção,
Palavras sem razão,
Gestos sem concentração,
Intenso medo!

Situação imprevisível,
Sentimento inconfundível,
Amor impossível,
Intenso medo!

Medo da ilusão
Medo de iludir
Medo da decepção
Medo de decepcionar
Medo de amar...

Jenny Faulstich
(28/04/2001)

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Pedestal Virtual

És o melhor:
muitos te admiram.
Poderia ser pior:
se te conhecessem, te ignorariam.

Tu inventaste um pedestal
e como tu, não há ninguém igual.
Esqueces que saber conviver é fundamental
e o que há de melhor em ti... é virtual.

Jenny Faulstich
(30/04/2002)
*Publicada na coletânea de poesias "Oitava Rima", lançada em 19 de Dezembro de 2002, pelo Grupo Cultural Oito Deitado, Resende/RJ.

Chance

O silêncio que emito no ar
É a tristeza da qual tento me livrar
Chega aos olhos e me faz chorar
Representa a mágoa que não posso falar.

Espero por, finalmente, poder algo sentir
E recomeçar a viver,
Poder sorrir
E ter a chance de vencer!

Jenny Faulstich
(11/2001)
*Publicada na coletânea de poesias "Oitava Rima", lançada em 19 de Dezembro de 2002, pelo Grupo Cultural Oito Deitado, Resende/RJ.

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Longe dos meus braços

Não durmo
para não sonhar
com um amor para esquecer.

Longe dos meus braços
o amor está,
nada posso fazer.

Guardo um cálice divino
e recolho-me em vômitos e escarros
até o amanhecer.

E em meus braços,
somente dores, tristezas,
horrores a florescer.

Jenny Faulstich
(07/01/2009)

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Ontem presente



Saudade, inspiração, poesia...

A minha está na cor da tão pequenina e linda rosa
que recebi ontem de um querido coração.

Sentir saudade hoje
é vê-la desabrochar em outro tom...
Não ter mais nas mãos
aquele momento da recepção.
Não mais tocar, olhos nos olhos
a quem até ontem
presenteou-me com o presente,
o instante,
o carinho que guardei comigo,
a percepção,
o sentimento que ficou,
a poesia,
a saudade que deixou...

Sentir saudade hoje
é ter somente a sensação do cheiro do licor
derramado entre as folhas rabiscadas,
e mesmo que ninguém veja,
lágrimas sempre insistem em brotar nos olhos
toda vez que penso nas palavras dedicadas... ontem...



Jenny Faulstich

(08/12/2008)
* Menção Honrosa no Concurso de Poesia do 28º Jogos Florais de Resende, realizado pelo Grêmio Literário de Resende/RJ. Baseada em lembranças de bons momentos, um amigo, uma 'Inspiração', citada em: http://obucaneiroed.blogspot.com/2008/12/inspirao.html

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

Hoje eu quero fugir

Hoje eu quero fugir
eu quero chorar
eu quero correr
eu quero chorar
eu quero morrer
eu quero chorar...
Já chorei
já li Cacá
Florbela nem sei
se sou eu ou sou ela
só sei que chorei
e estou sem idéias
não sei onde as deixei
minhas asas também...
Hoje eu quero fugir
já até rastejei
pelo vale das sombras
vi mais além
tropecei na incerteza
caí, desesperei
vi um sonho acabando
sonho que ainda nem sonhei...
O que está havendo comigo?
Nada!
Ninguém...

Jenny Faulstich
(02/01/2009)