quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Não deixe-me ir, preciso de ti!

Quente é o sangue
que corre em suas veias
e enquanto assim for
estarei presente com o meu calor.

Não deixe-me ir,
porque isso é o que preciso.
Quem tem que saber, sabe
que a vida manifesta onde está o amor.

Vitória para quem crê
que o caminho é aquele que está
além dos pés formosos
que permanecem parados no mesmo lugar.

Bem aventurados os diferentes,
os que mudam e transformam,
os que duvidam para sentir que superam,
e seguem o caminho sem conhecer
tendo o coração tocado sem perceber.

Paz para quem a clama.
Eu preciso de ti!
E nem a morte impede esse caminho,
só abre os olhos para uma vida...
a renovar...

Jenny Faulstich
(25/09/2008)

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Esquizofrenia

Aquela criatura desgraçada
tem no peito uma espada cravada
e ainda vem discutir comigo,
velar-me e desvelar-me,
pobre alma desventurada!

Jenny Faulstich
(24/09/2008)

Sepultarei minhas idéias

Sepultarei minhas idéias
e meus ideais que nem conheci tão bem,
sei que eram para o bem,
mas o bem não importa
a quem se mata,
a quem morre junto ao nada,
a quem mata,
não importa mais nada...

Jenny Faulstich
(24/09/2008)

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Morcegos

Não vejo!
Sinto...
o calor...

Nas noites frias
hão de me abandonar?

E o pensamento?...
ao lado do esquecimento,
sem notar...

Hão de voltar,
posso não estar...

Passo a perceber vagamente
o meu chão de estrelas
frias, noturnas, vazias...

Incapaz...
Pétala má...
E numa noite voar
não mais para o mesmo lugar.

No fim, afim,
sós...


Jenny Faulstich
(19/09/2008)

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Morta-Viva

Emudecida,
morta-viva entre vidas.
Alma aflita,
entre os dentes
uma ferida.
Faminta,
verdade escrachada
sem passar a limpo.
Flerto o silêncio
que me conforta
e me consola
desse cansaço aflorado.
Devoro o amor
antes da despedida.
Alimento a solidão
que hiberna em meu peito
e adormeço digerindo a dor.
Sei lá o que me resta
pelo infinito que me espera...
romances, guerras,
cataventos, quimeras,
sóis de primavera
que não estarei para ver.
Calem-se pensamentos!
Morta... até o amanhecer...

Jenny Faulstich
(15/09/2008)

Ventania

Alguém já me inspirou poesia,
e mesmo a distância do tempo
não impede de trazer a saudade
para os meus versos
sempre que meu coração
se lançar na ventania.

Jenny Faulstich
(14/09/2008)

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Resposta

Pedi uma resposta,
ela me veio sem demora,
a aquecer meus pensamentos
e lavar a minha alma:
"...Ó Mestre, fazei com que eu procure mais
consolar que ser consolado,
compreender que ser compreendido,
amar que ser amado
pois é dando que se recebe,
é perdoando que se é perdoado
e é morrendo que se vive
para a vida eterna..."
Foi-me assoprada aos meus sentidos
foi cantada aos meus ouvidos,
abrindo-me os olhos
e ressurgindo um coração inspirado,
sem culpa por ter chorado...
Nada acontece por acaso...

Jenny Faulstich
(11/09/2008)

Injustiça lamentar

Eu que lamento meu desconsolo,
injustiça lamentar o consolar...
Se vêm a mim, necessitam,
e eu, de falar...

Jenny Faulstich
(11/09/2008)

A Voz

Que voz era aquela?
Que parecia vir da alma,
que até então calada,
me assusta e me salva...

10/09/2008

terça-feira, 9 de setembro de 2008

Somos o que somos



Somos o que somos,
o limite e a esperança,
um precipício beirando a ocasião,
um passo a se definir destino
e nunca sabemos onde seguir.


Somos o que somos,
inteiro amor
parte de uma dúvida
que não cabe no peito,
acontece quando quer,
pois tem que ser,
tem que haver...

...porque somos o que somos,
vida, luz, energia,
incertezas, dores, esperança,
e amor... a se libertar de um poço.

Jenny Faulstich
(08/09/2008)

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Entre o espelho e o coração

Entre o espelho e o coração,
uma distância que quero extinguir
para não mais ferir minha alma
e sangrar essa tristeza invisível
que não quero mais pra mim...
Quero o poder de olhar pra mim!

Jenny Faulstich
(08/09/2008)

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Made in

















Queria agora uma canção
para renovar os ares...
Uma melodia made in São Thomé das Letras
para acalmar o coração
e enchê-lo de paz...

Jenny Faulstich
(01/09/2008)

Sala de espera

Sala de espera
em que Quintana canta
também lamento
a ternura inútil,
desaproveitada...

Malditos guarda-chuvas!
Malditos retratos!
Maldito silêncio!
Maldita solidão!

Perdoem o desabafo.
Perdoem minha cantoria
dos romances perdidos,
não acontecidos...

Jenny Faulstich
(01/09/2008)

E quando passa...

E quando passa a crise de riso,
o que me resta?

Jenny Faulstich
(01/09/2008)

Então, é isso...

As vezes sinto que já escrevi
tudo que tinha que escrever,
porque me resumo a isso,
essa inconstância constante
de risos e lágrimas
e por mais que eu tente,
não consigo aceitar conviver comigo,
com essa pele de sapo,
sendo a boba da corte,
tendo na alma um doce
e um coração de pedra,
que quando não por uma queda,
por falta de uso...
E esse sono confuso
que também me arrebenta...
Não tenho expectativa de nada, nada,
só o que eu não quero é o que sei.
Então, é só isso...

Jenny Faulstich
(04/09/2008)

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Entre a solidão e a esperança


As lágrimas
já nem tocam mais
meus sentidos.

Um giro
e me perco
entre a solidão e a esperança.

Jenny Faulstich
(27/08/2008)

Todos em cada um

Ninguém sabe
ninguém vê
quem sou
o que sinto.

Ninguém conhece
minhas lágrimas
minha dor
minha verdade
minha solidão
meu amor
meu sofrer
meu sofrer em vão.

Ninguém sabe
ninguém vê!
Indiferença...
Indiferente...

Jenny Faulstich
(01/09/2008)

Nada sou (Um dia serei)

Um dia serei ao menos, interessante...
Um dia serei quem sabe, importante...
Talvez um nome de rua!
Por enquanto,
minha verdade nua e crua
de que nada sou pra ninguém...

Jenny Faulstich
(01/09/2008)

Recado para o que me restar

Quando me for,
por favor,
faça um recado
para ficar com o que me restar:
"Muita luz e sonhe com os anjos"
Eu sei que vou precisar...

Jenny Faulstich
(17/08/2008)