quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

Dias de Cão

Dias de cão,
de tristeza e solidão
e só o eu queria: atenção,
um abraço,
um olhar,
alguém que gostasse de mim,
alguém em que eu pudesse buscar
força e consolo,
e mais um abraço,
e mais um olhar,
alguém pra dividir
notícias boas,
notícias ruins,
e a vida seguir
com mais um abraço,
com mais um olhar,
mais um abraço,
mais um olhar...

Jenny Faulstich
(20/04/2007)

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Sempre Medo

Medo...
sempre com medo,
sempre que me vejo só,
outra vez...

E quando com alguém,
mais medo,
certa de ficar só,
mais uma vez...

Jenny Faulstich
(22/08/2007)

Cria-ativa

Minha mente
cria, ativa,
Traz-me o que sempre quis...
dizer, fazer,
o que sempre quis...
pra mim.
Mente cria-ativa.

Jenny Faulstich
(20/09/2007)

Me abrace

Por favor, me abrace.
Preciso transpor esse meu carinho
que já não cabe em mim,
que precisa um destino seguir,
fazer alguém sorrir,
se sentir querido,
se sentir adorado.
Amigo, por favor me abrace,
preciso passar o que há de bom em mim,
esse amor sem fim
e você melhor do que ninguém
sabe o quanto lhe quero bem.
Por favor me abrace...
Por favor me abrace...
Por favor me abrace...
Por favor me abrace...
o corpo e a alma.

Jenny Faulstich
(10/05/2007)

domingo, 17 de fevereiro de 2008

Ilusória (Sonho erótico)

Sonhei com você...
Foi um sonho erótico.
Não sei se lhe conto
ou me abstenho
com minha satisfação ilusória.

Jenny Faulstich
(15/02/2008)

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

Orgulho

Onde termina meu orgulho
e começa meu valor?
Ego ferido cega
a percepção do espelho.
Qual a sensação que me resta?
A de um orgulho ferido,
mas que repousa tranquilo ao travesseiro,
triste diante da injustiça do aviso,
feroz diante do desafio da busca.
"Eis me de novo, forte para a luta."
Vou celebrar minha energia
ao invés de me atirar ao precipício.
Não tenho tempo nem idade
para me descabelar diante de um obstáculo,
afinal, "tinha uma pedra no meio do caminho".
Força, coragem, luz
e um grande caminho
me espera à frente.

Jenny Faulstich
(21/11/2007)

Intermináveis

Horas a fio...
intermináveis...
O que é dia
e o que é noite?
O tempo não importa,
meu corpo já não distingue mais
dia e noite,
angústia, penúria,
alegria ou loucura,
quando começa,
quando termina...

Minha mente, elétrica,
me mantém acordada
por horas a fio...
intermináveis...

Ora saudade,
ora vaidade,
ora felicidade, infelicidade,
certezas e incertezas,
quebro a cara
e quando menos espero
boas surpresas...
Vai entender!!!

Dia e noite,
loucura, insensatez,
alegrias, bem feitorias,
meus pensamentos...
O tempo e a esperança...
intermináveis...

Jenny Faulstich
(09/01/2008)

domingo, 10 de fevereiro de 2008

Fugir de mim (na pele de um sapo)

Mais um dia em que se eu pudesse fugir...
Fugiria de mim!
Ficaria por perto,
mas deixaria de ser este ser:
triste, chato, feio e sem graça.
Deixaria de ser a rainha
na pele de um sapo,
e reinaria soberana
minha própria história,
sem baixar a cabeça
para qualquer sentimento ou fato.

Ah! Se eu pudesse fugir...
De mim!
Mas cá estou, este ser
triste, chato, feio e sem graça,
a poderosa rainha de história formosa
na pele de um sapo à beira da fossa.


Jenny Faulstich
(30/08/2007)

Vampira

Preciso de um...
... abraço...
Preciso sentir...
... mãos, em meus ombros nus...

Preciso explorar energia.
Quero o calor da pele
que não a minha.
Absorver os ares
de cada momento,
de cada emoção,
a parte física de uma melodia,
a magia da noite
no pleno decorrer do dia.

Parasita do amor,
preciso de alguém,
preciso...
... do carinho de alguém,
para passar a ser a simbiose
que preciso ser... e viver.
Preciso de um abraço...
Preciso de um...
... toque de lábios,
e de repente sugar
um pouco da esperança alheia
de bem-querer... e viver.

Antes que eu venha a sucumbir,
menosprezável melancolia.


Jenny Faulstich
(29/08/2007)