sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Poesia (por duas faces)

Poesia,
fragmentos de sentimentos,
expressão física da dor e do amor.
São as lágrimas que os olhos do poeta não externam.
São as chagas do coração que se martiriza e sofre.
Veículo do poeta para retratar o mundo que o cerca.

O poeta não a cria para alguém ou para ninguém.
O poeta cria para tudo e para todos.
Todos os que amam,
todos os que odeiam,
os que são incapazes de amar
e os que são incapazes de odiar.
Para todos os que se alegram,
todos os que se entristecem
ou os que simplesmente fingem.
Para todos os que sofrem,
todos os que não sofrem
ou mesmo todos os que são ‘normais’ (normais?),
ou mesmo para aqueles que não sofrem tanto.

A poesia é o caminho,
é a expressão que torna possível
traduzir os sentimentos
de um homem e de uma mulher
na forma de imagem compreensível aos olhos
e por através da silhueta,
a imagem chega ao coração.
E basta um olhar,
pois lá, a poesia já está.

Edson Carvalho Miranda e Jenny Faulstich
(27/02/2009)

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