sábado, 29 de junho de 2024

Paz na estrada

Paz na estrada
Nova fase
Árvore morta
Medo do medo
Ultrapassagem sem nexo 
Ela pode não voltar
Terno de pavor
Da peça que falta 
Saudade infinda
Pendurada na arara
De café e pedras 
Derramadas questionadas
Naquele final de semana
Sem beira, abraço ou sexo 
Pensamentos impuros de amor
Contra mão do rolê
Objetivos acenam de longe
Tímido tarado carinhoso
Só você não consegue ver
Quanto é maravilhoso.

Jenny Faulstich 
(Barra do Piraí, 26/06/2024)

Quem diria

Você era tudo que eu queria 
E já tinha desistido de procurar 
Você me achou, insistiu
Tentei te fazer fugir
E você ficou 
Desse jeitinho
Paciente e carinhoso
Sem vergonha ou pudor
Aliás, mais ou menos
E entre um encontro e outro
Só tenho mais saudade
Desejo e intimidade
Um começo lindo
Cada manhã uma novidade
Que quero como rotina
Presença em cada atividade
Quem diria que eu diria
Que estou apaixonada...

Jenny Faulstich 
(Resende, 13/06/2024)

Meu sorriso virando a esquina

Meu sorriso virando a esquina
Eu espreitando na janela
O arrepio que sobe a alma
Imagino já perto e aguardo 
O tempo de jogar a chave
O corpo e o coração, de leve
Mas nunca é de leve
E que o tempo leve
Dúvidas, inseguranças, medos, 
Fique a paz, a graça e o desejo
Rotina de beijos, abraços e aconchegos.

Jenny Faulstich 
(Resende, 14/06/2024)

Das coisas que só nós sabemos

Onde dói
Quando dói 
O quanto dói
Onde encaixa
Quando acalma
O quanto conforta
Amar
Abraçar 
Entender
Continuar...

Jenny Faulstich 
(Resende, 29/06/2024)