quarta-feira, 30 de março de 2011

Alto preço

Vou lhe falar,
está doendo,
doendo bastante.
Um desejo de paz depois
da raiva de outro instante
parece tão abominável.

Permita-me ao menos, desabar.
Não posso voltar atrás,
só me cabe a decisão
de declarar uma guerra ou não
e lhe ter como um aliado
ou como um amigo decepcionado
e então a paz não mais me interessa.

Levanto uma bandeira branca
para uma paz perversa
e sigo a vida covardemente.

Jenny Faulstich
(30/03/2011)

2 comentários:

  1. Seus três últimos versos valem o poema inteiro...

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  2. Ainda prevalece minha mania de querer explicar demais... rs
    Saudações infinitas meu amigo!

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