Quem me dera ter um pouco apenas
da tão invejada inspiração de Neruda,
e um amor que não cabe nas palavras
e se dissolve nas sensações mais improváveis.
Sorrir sem graça, da graça de tudo
e não ter a vergonha ou o receio
de saber e defender que tudo acaba,
menos o amor.
Leminski já citava a "matéria prima,
que a vida se encarrega
em transformar em raiva ou em rima"
mas no fim da história, a moral que fica,
ainda é amor.
E o amor por si só é indefinido,
imensurável, infinito,
eu só, sinto.
Jenny Faulstich
(10/09/2013)
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