terça-feira, 2 de setembro de 2014

Aquele momento

Aquele momento em que o corpo
pede um sono, pede um sonho
e a mente desperta impede qualquer reação
que enalteça uma paz mesmo que simbólica ou temporária
e aprisiona o ser por completo numa redoma
de pensamentos gladiadores e cruéis.
Nesse momento em que todos os fantasmas presentes
interrompem qualquer tentativa de oração
ou reflexão ou perdão ou redenção
e estas incompletas imperfeitas incompreendidas
se perdem num caminho árduo e áspero
tão quanto as palavras já pronunciadas, doloridas,
talvez arrependidas, não se sabe.
Nesse momento então, recorro às canções de ninar.

Jenny Faulstich
(17/06/2014)

Nenhum comentário:

Postar um comentário