sexta-feira, 10 de abril de 2020

4:46

Não consigo dormir!
Fecho os olhos e fico impressionada
com a imagem do cadáver
do filme da madrugada,
ficção e uma apocalíptica realidade.
Começo a lembrar de outros filmes,
repito orações pedindo um sono suficiente.
Ouço bater o portão,
uma criatura indo buscar o fim lá fora.
O toque de recolher da porta pra dentro
não faz quarentena do pensamento,
uma loucura instaurada,
massivamente, sem hora marcada.

Jenny Faulstich
(Resende, 02/04/2020)

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