Mesmo inteira nunca fui suficiente!
Meus desejos guardados há anos
aguarda o improvável:
alguém que me queira incompleta,
que me dispa e me vista,
que encare uma marca, ou duas...
Hoje gorda, amanhã talvez até desperte
um interesse, passageiro.
Estarei então mínima e flácida,
não mais me despirei por completo,
mesmo que eu possa vir a me vestir sozinha,
espero me cobrir de dignidade
e guardarei as vontades para uma outra vida.
Jenny Faulstich
(Resende, 05/05/2022)
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