terça-feira, 3 de outubro de 2023

Toalha, feira, cerejeira

Nos identificamos pelos nossos ideais estampados!
Na minha mente tão errante,
eu lhe beijo desde aquele lindo dia,
despretensioso dia, da toalha.
Creio você sequer imaginar tão delirante,
sua bolsa retornável de feira repleta
enquanto na minha térmica só bebida estranha.

 Um amigo desconfiado de um lado,
contra dois incentivadores do outro.
De humanas, a clara conta
fez-me procurar não lhe perder, e sim,
tínhamos mais um tanto em comum a conhecer.
Bem como uma certa amizade solicitada,
outrora ignorada, foi imediatamente consertada.
A partir desse momento, no mínimo instigante,
um breve toque no meu cabelo rosa,
deixou algo além, que ainda nos envolve.

 Mesmo sem a chance de lhe ver de novo
e sem que você conseguisse dizer
o tanto que quer, e nem precisa,
foi tomada emprestada as cerejeiras da poesia.
Só sei então que sempre dormiremos distantes
e na linguagem do afeto seguimos pensando
no que vamos lendo, ouvindo, cozinhando...

Jenny Faulstich
(Resende, 12/07/2023)

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