quarta-feira, 7 de fevereiro de 2024

Buraco de onde saiu

Só queria que a pessoa voltasse
Pro buraco de onde o resgatei.
Eu já estava esquecendo aquela existência
Mas quis mesmo colar a mesa na minha
Com tanto lugar pra ir, foi desfilar na minha frente
Ouviu sim e não me importa o que esperava de mim
Tenho sangue tão quanto tenho memória
Esse mesmo leal aliado auto sugerido
Falou de tudo para me diminuir
Mesmo sem saber nada de mim.
Conveniência e interesse definem
Uma falsa convivência
Uma falsa importância 
A tentativa de sempre sair por cima
De tudo, de qualquer pessoa
Cuspindo no prato que comeu
Desonrando o que prometeu
Distorcendo o próprio discurso
Todo registrado, tudo escritinho
Como sempre gostou de fazer:
Chamar qualquer dia, qualquer hora
Pra tudo que desse na telha, dizer
E ainda vem me cobrar paz?
Vexame é se achar dominante
Me bloquear depois dizer que fui importante
Diz que não agrediu, mas sim e feriu,
Consciente e com requintes de crueldade.
Nada do que eu fizesse seria compatível
Com o desprezo conquistado com próprio mérito 
De covarde, egoísta, misógino, arrogante
Que insiste em conversar o já conversado
(Quando mencionou mentira e injustiça)
Mas deve ser porque não consegue suportar
As consequências do que foi plantado.
A única coisa que preciso mesmo me perdoar e superar
É ter acreditado numa suposta consideração
E que haveria no mínimo, respeito 
De onde só veio deboche e provocação.

Jenny Faulstich 
(Resende, 06/02/2024)


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