domingo, 31 de julho de 2022

Sofro poemas

Sofro poemas que em outra mão se perdeu.
Versos sonhados, vividos e deixados,
lamento e não me desapego.
Só a pessoa sabe do próprio parto,
conhece o calo do apertado sapato.
Minha memória peca
e a bêbada não entrou no beco.
A poesia jaz incompleta
dos dias de cores na charneca.

Jenny Faulstich 
(Resende, 21/05/2019)

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